Um homem bonito e casado.
Assim era ele, ainda é, mas há muito não o vejo.
Todo ano eu viajava para a terra dele, passava os dias babando aquele rapaz.
Nunca havia tido a oportunidade de falar com ele , até aquele dia.
Estávamos em uma pracinha de bares,eu estava com minhas amigas em um ,
ele em outro com os amigos dele.
Comentei com uma doidivanas do desejo que eu tinha de me entregar a ele,
falei tudo, da espera de 365 dias até a próxima oportunidade de vê lo novamente,
dos sonhos indecentes que já havia sonhado, da vontade doida que eu tinha de estar
com ele um dia.
Ela ouviu tudo e quando terminei se levantou e foi até ele.
A maluca sentou na mesa e começou a conversar,ela gesticulava,ria,
estava totalmente descontrolada. Em determinado momento a louca aponta
pra mim, e ele me olhou fixamente.
Eu não sabia o que fazia, se enfiava a cara no copo de chopp, se fingia um desmaio
ou qualquer coisa parecida. Ele acenou e levantou se encaminhando para a nossa mesa.
Tenso!!!!
Chegando na mesa, ele puxou uma cadeira e sentou se , falou com as meninas e se virando
para mim, perguntou se poderíamos nos encontrar logo mais á noite.
Concordei com a voz trêmula e disse que o encontraria na festa logo mais.
A louca alucinada volta para a mesa e pergunta se estou preparada para a festa.
Briguei tanto com aquela criatura aquela tarde que nossa amizade estava por um fio
quando resolvi voltar para casa antes que o desastre estivesse feito.
Escolhi a roupa, fui no salão, me arrumei toda.
Chegada a hora da tal festa fomos para o clube.
Ele estava lá , lindo,lindo, feio, pois estava acompanhado da Dona Encrenca.
Mais que droga era aquela?
Me senti um peixe fora d'água, então o tal encontro seria aquele?
Bebi demais, dancei demais, fumei demais, pireiii demais naquela noite.
O certo é que nem me lembrava mais de encontro nenhum quando me despedi das
meninas e tomei o rumo de casa.
Chegando na porta de casa vi um carro parado em frente a garagem , no lado do motorista
tinha uma mão masculina segurando um cigarro.
Ao subir a escada e alcançar o portão ouvi a porta do carro bater e uma voz masculina
chamar o meu nome.
Era ele, sem camisa, só de calça jeans e sapato, ahhhhh e com o cigarro no dedo.
Desci os degraus e pedi um cigarro.
Acendi e encostei no muro, eu já não estava uma
Cinderela, aquela altura, mas a culpa em
partes era dele.
Lembro bem do cheiro do perfume que aquele homem usava, era M A R A V I L H O SO .
Lembro também que ao jogar a biga do cigarro fora ele se jogou sobre mim, me apertando
contra o muro e se apertando contra mim.
Estava de vestido e suas mãos subiram por minhas pernas até alcançarem minha calcinha.
Eu não sabia o que fazer, eu não sabia o que pensar, o tesão pedia uma coisa, e o juízo ordenava outra.
Depois de muito esfrega esfrega entrei no carro e transamos ali mesmo na porta de casa.
Uma das melhores loucuras que eu já fiz em minha vida.
Eu gritava, gemia, parecia uma vadia .
Fizemos tudo o que nos foi permitido e quando o sol já saia me vesti e saí do carro.
Depois me tornei amante dele por um tempo, ele viajava para a minha cidade, eu para
a dele, uma sacanagem só, mas um belo dia tudo acabou.
Não sei bem o porquê mas hoje o tal moço não saiu da minha cabeça.
Ele ainda mora naquelas bandas, eu não.
Já o procurei em todo canto e nem pistas dele.
Melhor assim né????
O importante é que fui feliz ao lado dele, á minha maneira mas fui...